terça-feira, 4 de novembro de 2008

Do apego ao desapego

Arrumar a casa não é uma tarefa fácil. Cada vez, tem mais coisas pra jogar fora. Parece que a papelada só aumenta, mesmo eu tendo certeza de que havia jogado uma quantidade suficiente da última vez.
Pois bem, ate pouco tempo gurdava livros, provas, exercícios de quando era do primário. Foi um parto para minha mente conceber que tinha que me livrar daquelas coisas, pois se não, não conseguiria morar em casa. Então, a cada arrumação me esforçava para me livrar daquelas coisas. Hoje, joguei muita coisa fora, sem ficar pensando nas suas lembranças. Até encontrei uma caixa de sapatos, onde estava escrito: " "para mim gasta". Acho que o objetivo era economizar algum trocado nessa caixa. Bem, primeiro vi que "o mim fazer" é algo que se aprende desde criança, acho que os índios ficam muito orgulhosos com nosso jeito de falar! Tinha que jogá-la fora, mas a fotografei para ter algo para recordar desse momento tão pueril.

O que não consigo me desfazer é das minhas agendas. Todo ano eu tenho que comprar uma e fazer dela um organizador diário. E, às vezes, remexo em todo o material, que parece ter vida própria do quarto, e as agendas continuam lá. Tavez, porque ainda queira algo que me lembre de tempos em que era inocente ou simplesmente porque sou muita apegada.

Um comentário:

Blogildo disse...

Sou um verdadeiro acumulador de tralhas. As traças me idolatram!